Vocês são cegos. Vocês são mais cegos que os próprios cegos. Não sabem apreciar um perfume bem como um cego, não sabem apreciar boa música bem como um cego, não sabem sentir o prazer do tato, no contato com outra pele... tudo isso em virtude daquilo que vêem. Se vacilar, os cegos enxergam o mundo ainda melhor que vocês. Se alguém vai contar algo, a primeira coisa que usam é a memória visual, pra tentar enxergar a situação, sem perceber que o melhor, provavelmente, seria entender. Se um cego contar algo, vocês não vão entender, pois são levados por seus olhos e memória visual, mas vão dizer que se conhecem bem. Vocês estão cegos.
Deixam os olhos guiarem o racional e o irracional: Seus gostos, seus desejos, seus pensamentos e instintos, sem parar pra pensar que o paladar também está lá, não só na língua, mas na memória, pra dizer que o gostoso vai além daquilo que se come, mas é tudo aquilo que nossa percepção diz que é agradável. Alguém ainda arrisca dizer que tem bom gosto, se tudo o que se aprecia, e tudo o que se quer é ditado, primeiramente e praticamente sem pensar, de forma irracional, pelos olhos!? Vocês estão cegos. Adoram tudo o que vêem, de olhos bem abertos, e ainda têm medo de ficar cego, pois quando vocês fecham os olhos, fica escuro; não dá pra ver nada. Caralho! Vocês não percebem o quanto estão cegos!?
Eu fechei os olhos, e mais uma vez vi, o breu que havia por detrás de minhas pálpebras. Notei, num dia comum, depois de trampar, e conversar com os amigos, beber uma breja... que eu estava cego. Meu Deus! Como pude eu, fechando os olhos praticamente todas as noites, não notar que a escuridão que eu via, com meus próprio olhos, estava dentro de mim!? Como pude eu não notar que me guiava apenas pelos olhos, sem ter uma visão clara de quem eu era!? Como pude não enxergar, que não compreendia muito bem minha insatisfação, que não entendia muito bem o porquê que eu fazia alguma coisa, apenas por deixar que meu par de olhos me guiasse, racional e irracionalmente!? Como eu pude ser tão cego!?
Naquele momento, de olhos fechados, vi meus olhos se abrirem, e enxerguei: Você já foi medíocre! Você já foi miserável! E estava tão cego, que nem percebeu que ainda é um bosta! De olhos fechados, pude olhar pra dentro de mim e ver, de forma clara, que eu não valia quase nada, mas... quando eu realmente estava pronto pra desistir, e mais uma vez abrir os olhos, só pra não enxergar, pude ouvir minha consciência, sem que meus olhos me cegassem de novo, e ela me fez enxergar uma coisa:
-Você ama seus olhos mais que a você, pois tem vergonha do que tem por dentro, e eles o têm livrado de enxergar isso até agora. Mas já que você criou coragem pra realmente ver, então enxergue que você ainda é um bosta, mas tem nas mãos o que os seus olhos nunca poderiam te mostrar, mesmo que estivessem abertos: A oportunidade de se redimir, de começar de novo, e escrever uma nova história!
Deixam os olhos guiarem o racional e o irracional: Seus gostos, seus desejos, seus pensamentos e instintos, sem parar pra pensar que o paladar também está lá, não só na língua, mas na memória, pra dizer que o gostoso vai além daquilo que se come, mas é tudo aquilo que nossa percepção diz que é agradável. Alguém ainda arrisca dizer que tem bom gosto, se tudo o que se aprecia, e tudo o que se quer é ditado, primeiramente e praticamente sem pensar, de forma irracional, pelos olhos!? Vocês estão cegos. Adoram tudo o que vêem, de olhos bem abertos, e ainda têm medo de ficar cego, pois quando vocês fecham os olhos, fica escuro; não dá pra ver nada. Caralho! Vocês não percebem o quanto estão cegos!?
Eu fechei os olhos, e mais uma vez vi, o breu que havia por detrás de minhas pálpebras. Notei, num dia comum, depois de trampar, e conversar com os amigos, beber uma breja... que eu estava cego. Meu Deus! Como pude eu, fechando os olhos praticamente todas as noites, não notar que a escuridão que eu via, com meus próprio olhos, estava dentro de mim!? Como pude eu não notar que me guiava apenas pelos olhos, sem ter uma visão clara de quem eu era!? Como pude não enxergar, que não compreendia muito bem minha insatisfação, que não entendia muito bem o porquê que eu fazia alguma coisa, apenas por deixar que meu par de olhos me guiasse, racional e irracionalmente!? Como eu pude ser tão cego!?
Naquele momento, de olhos fechados, vi meus olhos se abrirem, e enxerguei: Você já foi medíocre! Você já foi miserável! E estava tão cego, que nem percebeu que ainda é um bosta! De olhos fechados, pude olhar pra dentro de mim e ver, de forma clara, que eu não valia quase nada, mas... quando eu realmente estava pronto pra desistir, e mais uma vez abrir os olhos, só pra não enxergar, pude ouvir minha consciência, sem que meus olhos me cegassem de novo, e ela me fez enxergar uma coisa:
-Você ama seus olhos mais que a você, pois tem vergonha do que tem por dentro, e eles o têm livrado de enxergar isso até agora. Mas já que você criou coragem pra realmente ver, então enxergue que você ainda é um bosta, mas tem nas mãos o que os seus olhos nunca poderiam te mostrar, mesmo que estivessem abertos: A oportunidade de se redimir, de começar de novo, e escrever uma nova história!
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